quinta-feira, 25 de junho de 2015

O Napoleão tem sempre razão

Foram várias as vezes que respondi "- Não, ainda não li a Revolução dos Bichos!" e ficava a sentir-me nhónhó por ainda não ter lido esse livro. Pois é, agora vem a parte do "mas".

...Mas tudo isso mudou. Sinto-me uma mulher mais completa agora. Não só porque fui a primeira vez passear pelo famoso Minhocão aqui em Sampa, como fui lá para ir no mercado das pulgas (como quem diz "le marché aux puces") e vim de lá com duas compras bem boas. Para além de ter comprado mais dois vinis para a coleção (Jimi Hendrix e Art Tatum), dei de caras com esta maravilhosa capa do livro que queria tanto ler - edição de 1975. Nem hesitei, meti a mão no bolso, procurei 5 reais, agradeci as meninas simpáticas da feira e fui embora feliz, com a sensação que tinha acabado de ganhar a lotaria.
Agora vem a melhor parte: podem perguntar as vezes que quiserem, que já poderei responder sem nhónhónhices: "- Claro que já li esse livro!" 

Em relação a essa revolução, nunca tive jeito para escrever críticas literárias (aliás nem para qualquer tipo de críticas) e mesmo que tivesse, estou sem tempo, já são 15h28 e eu ainda não almocei.
Posso dizer que é um dos melhores livros do George Orwell. A imaginação dele para interpretar as realidades sociopolíticas é de uma genialidade incrível.  E claro que fiquei irritada mais uma vez, porque ler George O. é ler sobre a merda do poder que o ser humano tanto deseja ter para cometer os mesmos erros de sempre. Foda-se só de escrever sobre isso, já me estou a irritar de novo. Resumindo, "Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que os outros", já dizia o Napoleão e o Napoleão tem sempre razão.

Agora, se não se importam, vou almoçar.